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Fotografia do
filme “Três andares”
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CRÍTICA
““Três Andares” é
um folhetim popular e tripartido que, nas mãos erradas, tombaria em telenovela?
Certo. Acontece que Moretti rege esta orquestra com uma batuta concisa e
um ritmo paciente que deixa à porta o decorativismo, a gordura sentimental, à
medida que este puzzle alheio ao naturalismo se vai montando à nossa frente,
sem condenar as personagens à crueldade do mundo. Já noutro texto se disse: em
Moretti, a memória magoa. Magoam aqueles pais rígidos. Aquelas mães sofredoras.
Magoam aqueles filhos perdidos e as gerações que já não conseguem comunicar,
enquanto o mundo parece desabar perante a nossa impotência. “Três Andares” é um
filme assombrado por um corvo, com nós por atar e feridas por sarar, prova de
um Moretti em grande forma e que volta a definir por inteiro a palavra
melodrama.”
Francisco
Ferreira, Expresso (02/11/21)
SONS
1 – Thomas Feiner
– “Passing Candles”
2 – Trailer do
filme “Três andares”
3 – Shida Shahabi
– “Futō”
Autor: Elder
Almeida
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