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Fotografia do filme “Vem e Vê”
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CRÍTICA
““Vem e Vê” evolui como os braços de uma
espiral, começando por nos abraçar e desafiar, sugando-nos depois num vórtex de
acontecimentos que apagam do olhar de Flyora a vida e humanidade que antes ali
brilhava. Quando o vemos a rir, nos planos de abertura, é um rapazito. No fim o
olhar carrega o peso de muitos anos. Não os do tempo real que, entretanto,
passou. Mas antes os que vincam o fardo do horror que desfilou à sua frente.
(…)
Há uma dimensão
poética, sobretudo na criação das imagens. Mas o choque entre o realismo que
desenha algumas das sequências mais dramáticas e o surrealismo com que Klimov
caracteriza a pulsão de revolta e desejo de retaliação do protagonista fazem de
“Vem e Vê” um caso único e distinto na história das representações de cenários de
guerra no cinema. Se é o “melhor filme de guerra”, cada um decida por si… Mas o
certo é que em “Vem e Vê” está um dos melhores filmes que este ano vamos ver
nas nossas salas.”
Nuno Galopim, in
Máquina de Escrever (29/08/2019)
SONS
01 – Clare Maguire – “Falling
Leaves”
02 – Leo Svirsky – “River
Without Banks”
03 – Murcof – “Chapitre I”
04 – Trailer do filme “Vem e
Vê”
Autor: Elder Almeida
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